O BIXIGA

A Igreja de Nossa Senhora de Achiropita, fundada por imigrantes vindos da Calábria (ITA), possui uma pastoral afro o que denota a forte presença negra no bairro. (foto de Sérgio Berezovski)

A Bela Vista ou Bixiga


Falaremos do nosso bairro, no centro de São Paulo, a partir da nossa história, do nosso referencial.

Originariamente ocupado por negros, o Bixiga teve na sua formação também a presença dos imigrantes italianos, a partir do fim da escravidão no Brasil. Foi nessa miscigenação étnica que se desenvolveu a rica cultura afro-brasileira nesta importante região da cidade, situada entra o Centro e a Av. Paulista.

A mídia caracteriza o Bixiga como um bairro italiano e a fama de suas cantinas oculta a forte presença negra e nordestina na região. Muitos migrantes nordestinos, a partir dos anos 50, passam a residir no bairro, o que se percebe com as inúmeras Casas do Norte por aqui espalhadas.

É uma das importantes regiões onde se desenvolveu o samba paulista. Ainda hoje abriga a Vai Vai, única escola de samba que permanece ativa no centro da capital.

No decorrer da história muitos Capoeiras e grupos passaram pela Bela Vista. Hoje, além da CMA, estão os Quilombolas de Luz, com o professor Gugu, e a Escola Zungu Capoeira, com o professor Cacá. Também existem vários professores de capoeira que ministram aulas em ONGs e academias do bairro.

O bairro é formado por muitos cortiços e segundo informações da SEHAB a região (sob a jurisdição da Sub-Prefeitura da Sé) possui mais de 13 mil destas habitações. A mesma Sub-Prefeitura é a segunda em número de adolescentes envolvidos em algum ato infracional e possui o maior número de roubos da cidade (Infocrim/SSP).

A região do Bixiga possui um forte cenário de risco e vulnerabilidade social, principalmente relacionada ao tráfico de drogas.
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